Globalização da saúde
- Valéria Alves
- 25 de mai. de 2015
- 2 min de leitura

A globalização tem causado um efeito paradoxal na saúde; contrastando os avanços na medicina, cura para muitas doenças com exclusão de países pobres na aquisição de tecnologias para o desenvolvimento de antibióticos e vacinas, privatização dos serviços de saúde e seguridade social e a brusca redução de investimentos estatais nos programas de saúde de países. Estamos vivendo um momento de intensos avanços referentes às descobertas dos cientistas para curar as mais diversas doenças, esses avanços são reflexos dos efeitos trazidos pela Globalização, uma vez que integra países, aproximam estudiosos/ cientistas, favorece a confecção de equipamentos mais modernos para os pesquisadores realizarem suas descobertas; novos medicamentos e novos instrumentos cirúrgicos e técnicas. Os avanços nas telecomunicações, nos meios de transportes e na própria comercialização dos produtos, têm gerado lucros exorbitantes para os países detentores de capital e tecnologia, ou seja, para os países ricos, os quais investem parte do lucro obtido com a venda dos produtos oriundos de seus laboratórios em novas pesquisas. Atualmente se percebe os efeitos da Globalização na Saúde através de vários exemplos: simples vacinas que imunizam as pessoas de doenças graves, distribuição do coquetel da AIDS gratuitamente, no caso do Brasil, para que portadores da doença possam conviver com a mesma, a cura do câncer em fase inicial e até a expectativa da cura definitiva para a doença. Tudo isso é possível graças às trocas de informação e descobertas proporcionadas pelo advento da Globalização. Porém, apesar da melhoria na qualidade de vida das pessoas e todos os benefícios supracitados, a Globalização e seus interesses capitalistas afeta também a medicina de forma desigual, muitas vezes, aumentando as disparidades entre os países, já que apenas os mais poderosos economicamente é que desenvolvem e patenteiam os medicamentos, exploram os países emergentes e pobres no momento de vender os produtos, e, sem contar com os problemas Sociais e de Saúde já existentes nestes países, mesmo em época de significativos avanços na medicina, em países pobres as pessoas morrem de doenças mais tradicionais possíveis como de desnutrição, epidemias, entre outras doenças tipicamente relacionadas à pobreza. A luta pela Saúde no atual contexto de Globalização passa pela necessidade de vencer os desafios das desigualdades sociais, já que a idéia de compartilhar benefícios, na prática não tem acontecido. A Saúde é condição elementar para todo ser humano e deve ser distribuída de forma igualitária.
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